Adoecemos, quando alguém sai de nossas vidas e nos despedimos de nós mesmos, levando o direito de amanhecermos. Adoecemos, quando as janelas do quarto não se abrem, os lençóis não são esticados, a louça se acumula na pia, dias em que as miudezas da vida gritam sobre nossa ausência... e sim, é preciso retirar os escombros, apesar dos arranhões e cicatrizes, brigar com as demolições, retirar os tijolos possíveis e recomeçar de onde não deu mais...recomeçar das despedidas... do amor que não deu certo... do desemprego... Recomeçar de onde doeu, recomeçar...
**Do livro de Teresa Gouvea