Presidiário é eleito vereador; candidato foi ovacionado ao votar de camburão e algemas.
A Justiça Eleitoral da Paraíba deve confirmar a eleição de um detento em Catolé do Rocha, no interior da Paraíba, com a diplomação dele em 2017.
Bira Rocha, do PPS, foi o sexto candidato mais votado na disputa pela Câmara Municipal.
O candidato teve 948 votos, 433 a menos que o primeiro colocado.
Bira Rocha está preso no Complexo Penitenciário de João Pessoa, acusado de assassinatos e de chefiar uma quadrilha de tráfico de drogas.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, por cumprir prisão preventiva e não ter sido condenado em última instância, ele é elegível e pode ocupar o cargo de vereador.
Um município da Paraíba vive a insólita situação de eleger um vereador presidiário. Catolé do Rocha, município de 29 mil habitantes, localizado a 430 km de João Pessoa, elegeu Bira Rocha (PPS), preso desde maio pelos crimes de pistolagem, tráfico de drogas e violência doméstica. Como a prisão dele é preventiva, e não houve condenação por órgão colegiado, Bira escapou de ser barrado pela Lei da Ficha Limpa. Se estiver em liberdade até o final do ano, poderá tomar posse para representar os cidadãos do município na Câmara Municipal. Ele recebeu 948 votos (5,42% dos válidos) e foi o sexto vereador mais votado, entre os 13 eleitos.