A revolta e grande com o tal "pacotarso"não se fala noutra coisa, 16% de previdência num salário de mil reais para um PM que entra na brigada é um fiasco. Por isso que os servidores públicos vão realizar no dia 2, na Praça da Matriz, em Porto Alegre, um ato público contra a reforma da previdência do Palácio Piratini.
O governo não pode fazer caixa atacando direitos. A manifestação, que dirá um contundente não à reforma está marcada para as 14 horas.
Com a reforma da previdência estadual, o governo Tarso tenta depositar nos ombros da sociedade e dos servidores o ônus pela falta de dinheiro nos cofres do estado. O governador se esquiva de atacar quem realmente se beneficia com recursos públicos.
Tarso deixa de combater os sonegadores de impostos e não enfrenta a deformação causada pelas isenções fiscais que em benefício de poucos dilapidam os cofres públicos. Cerca de 30% da receita do estado vai para o ralo por causa das renúncias fiscais.
As grandes empresas se beneficiam deixando de pagar impostos e depois simplesmente abandonam o estado. A Azaléia é um exemplo desta distorção. Desde 1993, a empresa recebeu milhões através do Fundopem e, de uma hora para outra, fechou as portas, deixando 800 trabalhadores desempregados.
Portanto, ao invés de atacar os servidores e o povo gaúcho, o governo do estado deveria enfrentar aqueles que, como aves de rapina, retiram dinheiro da saúde, educação, segurança, habitação e saneamento básico.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato