sábado, 18 de maio de 2013

Um peixe sem bicicleta


Vimos postado numa das redes sociais um cartaz com estes dizeres: 

"Um homem sem religião é como um peixe sem bicicleta”. Traduzindo-o em português claro e direto: do mesmo modo que um peixe não necessita de bicicleta, o homem não precisa de religião.

Esse é um pensamento que se tornou um modismo nos dias que correm, mais comum, no entanto, entre os jovens, o que não é difícil de entender. Quem não enfrentou ainda as agruras de uma longa existência pode equivocar-se com relação a muita coisa. A religião seria apenas uma delas.

Com o passar dos anos, contudo, muda nossa visão com respeito a muitos assuntos, como ocorreu, por exemplo, com André Luiz, que assim se reportou ao assunto, logo na abertura de sua primeira obra psicografada pelo médium Chico Xavier:

“Em momento algum, o problema religioso surgiu tão profundo a meus olhos. Os princípios puramente filosóficos, políticos e científicos, figuravam-se-me agora extremamente secundários para a vida humana. Significavam, a meu ver, valioso patrimônio nos planos da Terra, mas urgia reconhecer que a humanidade não se constitui de gerações transitórias e sim de Espíritos eternos, a caminho de gloriosa destinação.

Verificava que alguma coisa permanece acima de toda cogitação meramente intelectual. Esse algo é a fé, manifestação divina ao homem. Semelhante análise surgia, contudo, tardiamente. De fato, conhecia as letras do Velho Testamento e muita vez folheara o Evangelho; entretanto, era forçoso reconhecer que nunca procurara as letras sagradas com a luz do coração. Identificava-as através da crítica de escritores menos afeitos ao sentimento e à consciência, ou em pleno desacordo com as verdades essenciais. Noutras ocasiões, interpretava-as com o sacerdócio organizado, sem sair jamais do círculo de contradições, onde estacionara voluntariamente.” (Nosso Lar, cap. 1, pág. 18.)

Outros vultos conhecidos no planeta perceberam, ainda em vida, o valor da religião e nesse sentido é forçoso lembrar uma das frases mais famosas atribuídas a Albert Einstein: “A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega”.

No livro Einstein e a Religião, de Max Jammer, professor de Física e colega de Einstein em Princeton, há informações interessantes sobre o relacionamento do notável cientista com a religião. No livro, Jammer menciona outra frase importante de Einstein, numa entrevista concedida em 1930 ao escritor James Murphy e ao matemático John William Navin Sullivan. “Todas as especulações mais refinadas no campo da ciência”, disse-lhes Einstein, “provêm de um profundo sentimento religioso; sem esse sentimento, elas seriam infrutíferas.”

Fisiologista e cirurgião francês, o dr. Alexis Carrel, laureado com o Prêmio Nobel de Medicina de 1912, notabilizou-se não apenas por suas experiências sobre enxerto de tecidos e de órgãos e sua sobrevida fora do corpo, mas também por suas obras filosóficas, dentre as quais se destaca “O homem, esse desconhecido”, best-seller na América do Norte em 1935.

Em fevereiro de 1942, a revista Seleções do Reader’s Digest revelou outra faceta do grande médico e pensador: sua fé em Deus e sua crença no valor incomensurável da oração, que ele define como sendo “uma invisível emanação do espírito de adoração do homem, a forma de energia mais poderosa que ele é capaz de gerar”.

Eis, resumidamente, o que disse sobre a prece e a religião o notável médico francês:

1. A prece marca com os seus sinais indeléveis as nossas ações e conduta.

2. A oração é uma força tão real como a gravidade terrestre. A influência da prece sobre o corpo e sobre o espírito humano é tão suscetível de ser demonstrada como a das glândulas secretoras.

3. Muitos enfermos têm-se libertado da melancolia e da doença graças à prece. É que, quando oramos, ligamo-nos à inexaurível força motriz que aciona o universo e, no pedir, nossas deficiências humanas são supridas e erguemo-nos fortalecidos e restaurados.

4. Não devemos, no entanto, invocar Deus tendo em vista meramente a satisfação dos nossos desejos. Maior força colhemos da prece quando a empregamos para suplicar-lhe que nos ajude a imitá-lo.

5. Toda vez que nos dirigimos a Deus, melhoramos de corpo e de alma. Não tem, porém, sentido orar pela manhã e viver como um bárbaro o resto do dia.

6. Hoje, mais do que nunca, a prece é uma necessidade inelutável na vida de homens e povos. É a falta de intensidade no sentimento religioso que acabou por trazer o mundo às bordas da ruína.

O pensamento de André Luiz, Einstein e Alexis Carrel deveria estar presente na mente de todos aqueles que, de modo infantil, redigiram ou divulgam a frase do cartaz a que nos referimos: “Um homem sem religião é como um peixe sem bicicleta”. Pensem e comportem-se assim e verão o que os espera no seu retorno à verdadeira vida.


                      Editorial-O Consolador


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