Entre os
anos 2 mil e 2010, trabalhei com crianças " trabalho
Voluntário" e adolescentes nas redes escolares de Santiago, crianças dos
nove aos 12 anos. Algumas vezes era solicitado em Unistalda, Itacurubi, Capão
do Cipó, objetivo, era preveni-las quanto ao uso de drogas, a última vez que
somei, pois tudo era registrado em ata, estava em torno de 6 mil crianças.
Escolas de Santiago nesta época trabalhei em quase todas, a única que não fiz
esse programa foi a Escola Medianeira , pois na época não mostrou interesse.
Após
trabalhar nisso por sete anos tive um reconhecimento
em em Porto Alegre, por fazer um trabalho voltado para saúde em aqui em
Santiago. Foi interessante, pois em
Santiago nunca ganhei, nunca tive reconhecimento nenhum e quando vi, fui
chamado em Porto Alegre para lá ser reconhecido. Claro, nunca fiz nada por promoção, o trabalho era voluntário,
fazia de coração, fiz do trabalho voluntário uma quota de esforço para minha
cidade. O tempo passou e hoje, me encontro com aquelas crianças já grandes e
vez e outra sou surpreendido por um beijo, um abraço, isso sim que é
reconhecimento, isso é que vale.
Tenho
visto alguns Órgãos de Santiago darem prêmio disso, daquilo, e poucas ou
nenhuma vez vejo gente que realmente faz pela cidade, ser como eles dizem agraciados, também sei que estas pessoas não
buscam promoção pessoal, mas poderiam incluí-las em algum ato benemérito, isso
ajuda, impulsiona a fazer, já que no Brasil Não existe a cultura do Trabalho
Voluntario.
Sobre os
trabalhos coma s crianças, eu estudei, li e reli, e usava como livro de
cabeceira o livro de Içami Tiba " Anjos Caídos", e nas reuniões com
os pais dos alunos, lia pra eles essa história o qual copiei do
livro.
***
Chega a
hora de ir para a escola. Observe a entrada. E legal ser filho pequeno. Pode ir
brincando, pulando passeando pelo caminho, enquanto o peso sobra para a
mãe.
Mochilas
na costas, ela caminha com orgulho, como se quisesse dizer: "Vejam todos,
o meu filho está indo para a escola".
Por que a
criança não aquenta carregar a mochila?
Porque os
pais deram-lhe poder de decidir a mochila a ser compra, sem que ela tivesse
capacidade de avaliar qual seria a melhor para as suas necessidades. Chegam ao
supermercado e dizem :" Filha, escolha. Qual a mochila que você
quer?" Feliz da vida ela escolha uma com sete departamentos, quando bastam
dois.
Como
podem pagar, os pais não limitam sua vontade.
Ela pega
o que quer e eles pagam com gosto. E quem é que vai para a escola com a mochila
vazia?Ela e carregada de badulaques, e o peso fica além da capacidade da criança.
Assim o
filho aprende a ter poder
final de decisão, sobre o que quer ou deixa de querer, sem que sejam
levadas em conta suas responsabilidades.
O
primeiro erro de amor dos pais foi não orientara criança para escolher a
mochila mais adequada. O melhor seria delimitar opções: " Filho, as
mochilas que servem pra você estão nestas prateleira'. Mesmo que o filho queira
outra mochila , maior ou menor que a adequada, os pais tem de manter a
posição.Por isso é muito importante pensar antes de delimitar alguma escolha,
para não ter de ficar reconsiderando a cada argumento inventado pelo
filho.Como geralmente não é isso o que acontece, a criança sai do supermercado
com uma mochila maior que ela.
Quando
vai para a escola, curte a vida, e a responsabilidade dessa curtição está nas
costas da mãe. Ela é quem carrega a mochila. A criança aprende que a ela basta curtir ; a responsabilidade
cabe aos pais.
Ao se
aproximarem do portão, o filho foge para dentro da escola. A mãe fica coma
mochila nas mãos e os lábios prontos, esperando o beijo de despedida. A criança
foge, porque não sente
gratidão nem reconhece a
ajuda recebida. A final a mãe sempre carregou a mochila.