Acusam-te, indevidamente, por ações que não praticaste.
Dificultam-te o acesso ao que aspiras, não disfarçando a
animosidade gratuita contra ti.
Exigem-te um comportamento, que não logram manter.
Impõem-te atitudes que te afligem.
Carreiam, em tua direção, problemas e dificuldades que te
esfalfam.
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Em toda parte sofres pressão constritora.
Onde te encontres, surgem as provações, parecendo não te
darem trégua.
Tens os nervos à flor da pele.
Estás a ponto de explodir.
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Espera um pouco mais.
Ora e acalma-te.
Silencia, mantendo a confiança.
Quando as perseguições vêm de todos os lados, o socorro
chega de cima.
Acoimado pelo desespero e perseguido sem descanso, não
estás ignorado pelo Amor.
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As tuas aflições de agora têm sua gênese no teu pretérito.
Ninguém é amado ou detestado sem motivo.
Certamente, revidar e perseguir, odiar e afligir, são
expressões do primitivismo espiritual que desaparecerá oportunamente, mas, que
ainda permanece no mundo.
Aqueles a quem infelicitaste antes, não têm o direito de
tornar-se verdugo para ti agora. Todavia, preferem se-lo, o que os faz mais
desditosos.
A vida dispõe de mecanismos reeducativos para os seus
defraudadores e pervertidos.
Os homens, porém, preferem a enganosa "justiça com as
próprias mãos", ignorando aquilo a que se propõem fazer, pela triste
limitação em que se encontram retidos.
Incapazes de ser justos, tornam-se perversos.
Impossibilitados de ser corretos, submetem os outros com
impiedade.
Frios no sentimento do amor, que lhes é escasso, agem com
indiferença ou maldade.
Também eles estão enganados e não passarão pelo mundo sem
sofrer a própria imprevidência e pusilanimidade.
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Dessa forma, não recalcitres, contra o aguilhão, que é a
dor benfazeja.
O que hoje parece impossível, amanhã está realizado.
O desafio de agora é tarefa concluída no futuro.
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Há dois mecanismos eficazes para o progresso: o amor que
sabe, e a dor que impulsiona.
Mediante o amor que se ilumina de conhecimentos
libertadores, o Espírito cresce para Deus.
Quando este recurso demora de aparecer ou é deixado à
margem, a dor se aninha no homem e, mesmo recalcitrando à sua presença, ela o
domina, reeduca-o e eleva-o.
Recebe o teu aguilhão na "carne da alma" e
avança, tornando-o menos afligente em face da resignação e do bem que dele
decorrem.