quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O ACIDENTE

Cid Pancora estava apressado. Havia várias providências urgentes, relacionadas com a promoção de um filme, cuja renda reverteria em benefício de entidade assistencial da qual participava com dedicação e boa vontade. 

Era preciso levar o material de propaganda aos jornais e emissoras radiofônicas; contatar o diretor do canal de televisão que divulgaria a notícia; instruir os companheiros que fixariam cartazes em casas comerciais. O tempo era escasso. Em trinta minutos deveria retornar ao estabelecimento bancário onde trabalhava, para o expediente vespertino.

Deixando sua residência, no subúrbio, tomou a motocicleta e partiu, veloz. Algumas quadras adiante viu um amigo com quem desejava conversar. Impulsivamente, acionou os freios com força. Chovera há pouco; a pista estava escorregadia ... Foi o suficiente para a derrapagem espetacular! O motociclista deu a tradicional "ralada" no asfalto, ferindo-se nos braços, pernas e tórax. Sua roupa ficou em frangalhos, o sangue espalhou-se, profuso ...

Pálido, quase desfalecido, o acidentado foi levado imediatamente ao pronto-socorro. Felizmente, não houvera dano mais sério. Apenas o susto e escoriações generalizadas. No ferimento maior, no braço direito, quinze pontos ... Incrível a inexistência de fraturas, tendo em vista a velocidade em que trafegava!

Não obstante, Pancora estava aborrecido.

Afinal, o acidente trouxera problemas à promoção, com prejuízo para a entidade assistencial. Os Espíritos bem poderiam ter ajudado... Muito franco, expôs sua contrariedade ao orientador espiritual, em reunião mediúnica realizada em seu lar com o propósito de confortá-lo. O Espírito ouviu, atencioso, seus reclamos e respondeu, pela psicofonia mediúnica:

- O amigo tem razão. Considere, entretanto, que temos limitações e nem sempre conseguimos proteger com eficiência nossos colaboradoores encarnados, principalmente quando fazem o que não é devido, como frear bruscamente uma moto em pista escorregadia. Para evitar o acidente teríamos de subverter as leis da Física.

Não fomos, entretanto, totalmente incapazes e a derrapagem só não teve conseqüências funestas porque vários companheiros se mobilizaram para ampará-lo na queda.

Você não imagina o trabalho que tivemos para evitar ossos quebrados!

É impossível à Espiritualidade evitar inteiramente ocorrências dessa natureza, mesmo quando não façam parte do quadro das provações humanas. Há o livre-arbítrio e a fragilidade dos tutelados da Terra.

Mas não faltam anteparos espirituais, evitando o pior, quando as pessoas envolvidas se façam instrumentos legítimos do Bem, identificando-se pelo empenho consciente e constante de servir.

Richard Simonetti

CHUVA POR ESTAÇÕES DO ANO CONFORME PERÍODO METEOROLÓGICO

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