Conforme
o levantamento efetuado pelos técnicos do Estado, nos três primeiros meses de governo, a
situação das finanças é tão crítica que, ao nascer, cada gaúcho tem uma dívida
de R$ 6.840,00. Em um período de 44 anos, em apenas sete o Estado conseguiu
gastar menos do que arrecadou. Em 2015 faltarão R$ 5,4 bilhões nos cofres
públicos - é preciso desembolsar R$ 30,8 bilhões para cumprir todos os
compromissos, e a arrecadação prevista é de R$ 25,5 bilhões. Ainda, há outros
R$ 663 milhões em despesas realizadas e não pagas - só para os hospitais chegam
a R$ 255,1 milhões.
A dívida do Estado com a União é o dobro do valor arrecadado,
chegando a R$ 54,8 bilhões. Fora isso, as fontes de financiamento praticamente
se esgotaram: não há capacidade para novos empréstimos, os recursos do Caixa
Único e dos depósitos judiciais estão baixos e não há rendimentos decorrentes
de correção de inflação, por exemplo.
Para enfrentar essa situação, o governo adota medidas para
atingir o equilíbrio financeiro - redução nas despesas com horas-extras,
pagamento de diárias, viagens, locações e novos contratos. Houve a
reprogramação do Orçamento de 2015, estabelecendo cotas para despesas de
custeio ajustadas pela Secretaria da Fazenda com os demais órgãos do governo. A
meta é obter uma economia de R$ 1,073 bilhão.