Esta fazendo 41 anos que meu pai morreu e mesmo assim lembro dele frequentemente. Todas as Segundas e Sextas tenho ido no Centro Espirita e lá, além de orar pela mãe e irmãos que se foram, rezo também por ele. Lembro que muitas vezes quando eu precisava de meu pai e ele não estava ali para me ajudar, eu brigava, cobrava e até amaldiçoava Deus por isso, perguntava porque levou meu pai se ele me fazia tanta falta, muitas vezes eu saia pelas ruas desorientado fazendo inúmeras perguntas, perguntas simples que um menino faria a um pai se o tivesse, porém e infelizmente voltava de minha caminhada sem ter alguém que as respondessem. Pois é, se passaram 41 anos e hoje vejo o quanto aquele menino assustado estava errado, o quanto não sabia as lições que iria aprender com esse tipo de experiência.
Uns dirão que pouco vivi com meu pai, e eu responderei que carrego ele até hoje em meu coração, coisa que muitos "filhos presentes" não o fazem.
Uns me dirão, que amaldiçoei Deus por ter levado ele tão sedo de mim, e eu responderei que dia após dia agradeço ao mesmo Deus por lembrar-me de seu rosto, coisa que muitos "filhos presentes" não o fazem.
Uns me dirão, foi infeliz não tinha em quem se apoiar e eu responderei tive sim, esse foi meu pior engano, ele nunca, nunca me abandonou, coisa que muitos "pais presentes" também não o fazem.
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