Emmanuel e Pascal, juntos, conclamam (1):
"O egoísmo tem de desaparecer da Terra, a cujo progresso obsta. Ao
Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-lo ascender na hierarquia dos
mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem
apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem,
porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que
para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a
combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências,
esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a
negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade do
homem.
O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem a caridade não haverá descanso
para a sociedade humana. Digo mais: não haverá segurança. Com o egoísmo e o
orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira que vencerá o
mais esperto, uma luta de interesses, em que se calcarão aos pés as mais santas
afeições, em que nem sequer os sagrados laços da família merecerão
respeito.
Se as criaturas se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a
caridade, mas, para isso, mister fora vos esforçásseis por largar essa
couraça que vos cobre os corações, a fim de se tornarem eles mais sensíveis aos
sofrimentos alheios."
Afinal de contas, qual é o nome desse flagelo
terrível?