domingo, 22 de abril de 2012

Maria João de Deus



  Vera Gaetani -Ribeirão Preto, SP

Em 29 de setembro de 1915, desencarnou, em Pedro Leopoldo (MG), a Sra. Maria João de Deus, aquela que foi, na Terra, a abnegada mãe de Francisco Cândido Xavier.
Pouco sabemos sobre a vida dessa mulher simples, apenas que desencarnou muito cedo, deixando o marido, João Cândido Xavier, e nove filhos. Chico tinha, nessa ocasião, apenas cinco anos de idade.
É, todavia, a partir das lembranças que essa criança guardou de sua mãe, que podemos traçar o perfil moral de Maria.
Era religiosa. Na biografia que Marcelo Souto Maior fez de Chico, consta que ela reunia os filhos para a oração da noite e, como católica que era, confessava aos sábados e comungava aos domingos. Uma das lembranças que Chico guardou de sua primeira infância foi a da mãe apontando o céu estrelado e dizendo:
— Foi Deus que fez tudo isso.
Maria tinha a mente lúcida e o coração tranqüilo. Na mesma obra citada consta que, pouco antes de morrer, ela pediu ao marido que distribuísse os nove filhos pelas casas de amigos e parentes. Só assim João Cândido, vendedor de bilhetes de loteria, conseguiria viajar pelas cidades vizinhas em busca de dinheiro. Consta também que, nessa hora, ao pé da cama onde a mãe agonizava, Chico cobrou:
— Por que a senhora está dando seus filhos para os outros? Não quer mais a gente, é isso?
Maria explicou que iria para a hospital e garantiu com voz firme:
— Se alguém falar que eu morri, é mentira. Não acredite. Vou ficar quieta, dormindo. E voltarei.
Chico acreditou. No dia seguinte, a mãe desencarnou.
Algum tempo depois de seu desenlace, certo dia, Chico, que sofria e chorava muito, correu para o quintal e se ajoelhou embaixo de uma bananeira. Repetia o pai-nosso quando, de repente, viu, na sua frente, Maria João de Deus, que o aconselhou a ter paciência:
— Se você parar de reclamar e tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.
Outra vez, em encontro semelhante, disse-lhe que era preciso sofrer resignado, obedecer sempre, porque logo um anjo bom apareceria para ajudá-lo.
A previsão de Maria concretizou-se logo depois, quando João Cândido casou-se com Cidália Batista que foi verdadeira mãe para os nove filhos do primeiro casamento do marido.
Através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, Maria João de Deus ditou o livro "Cartas de uma Morta", publicado pela primeira vez em 1.935. Nele, esse bondoso espírito conta as impressões iniciais da sua vida no outro mundo.
A segunda edição, publicada em 1.936, tem um capítulo a mais, intitulado "Uma palavra aos sofredores", ditado a pedido daquele que lhe fora filho e agora lhe servia de médium. Assim termina esse capítulo consolador:
"Trabalhai, sofrei e confiai na misericórdia divina, pois não foram pronunciadas para os espíritos satisfeitos e felizes aquelas divinas palavras:
Bem–aventurados os aflitos na Terra, pois que a eles pertencem as alegrias do Céu".
Fonte de Consulta:
Souto Maior, Marcel - "As vidas de Chico Xavier".

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