sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O CAVALO QUE QUIS SE VINGAR DO CERVO

O cavalo não era doméstico outrora.

Houve um tempo em que os homens se alimentavam só de frutos. Nessa época viviam nas florestas os cavalos, jumentos, burros, mulas, todos livres correndo pelos campos.

Não havia, como agora, arado, selas, selins, cadeirinhas, carruagens, arreios, nem também tantos banquetes, casamentos e festins.

Foi quando o cavalo teve uma discussão com um cervo extremamente lépido e, não havendo um modo de alcançá-la, foi, pois, o cavalo implorar o auxílio do homem.

O homem meteu-lhe um freio, nas costas uma sela e, saltando-lhe ao dorso, somente lhe deu descanso quando matou o infeliz cervo.

Isso feito, eis que o cavalo agradece ao benfeitor e diz-lhe: 

- Obrigado! Agora te apeia e leva o que caçaste. Estou muito agradecido por tão distinto favor. Vou voltar à floresta, onde vivo. Adeus, adeus, meu senhor!

Não - respondeu-lhe o homem. - Não irás retomar, pois agora o teu lar será este aqui, junto comigo! Tu não padecerás de fome ou frio e terás uma manjedoura abarrotada de feno.

- De que vale a fortuna se a liberdade é perdida! Assim, viu-se o cavalo privado do maior bem desta vida. E quando volta, a estrebaria já estava construída.

Ali terminou seus dias sempre arrastando o grilhão. Não teria sido melhor que houvesse dado o perdão de tão leve ofensa ao pobre veado?

O mesquinho prazer de se vingar não compensou pagar o alto preço da perda do direito de ir e vir.

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