quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Diabetes no Brasil: direitos negados

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Não há dúvidas de que a medicina avançou muito nos últimos anos com relação ao diabetes. Hoje temos todos os tipos de insulinas, remédios orais, e até cirurgias em fase experimental à busca da cura. Mas será que todo esse avanço se reflete também aqui no Brasil?
Um dia desses, eu assisti a uma reportagem na tv aberta contado a história de uma menininha de Minas Gerais que precisava fazer as medições com o glicosímetro cinco vezes ao dia, mas o posto que lhes fornecia as fitinhas, que por sinal são extremamente caras, só entregava o suficiente pra fazer o exame duas vezes/dia apenas. Na entrevista a mãe contava que ela não podia aplicar a insulina na criança sem antes fazer o teste de glicose, pois poderia levá-la a uma hipoglicemia, em caso do açúcar já estar baixo no momento da aplicação. Como insulinodependente posso dizer que é bem assim mesmo.
Alguém que depende do hormônio e que esteja realmente interessado em controlar o diabetes, fará o teste apenas duas vezes por dia? Quem aplica a insulina sabe que é praticamente impossível, pelo menos no início do tratamento, como deveria ser o caso dessa criança, não precisar das fitinhas ao menos quatro vezes entre as principais refeições. Não adianta falar "é só se controlar", que essa tática nem sempre funciona nos insulinodependentes. Em certos momentos precisamos comer um pouco mais, e ingerir algo doce, em outros não podemos comer nada por um determinado período, e como saber ao certo o que fazer se não soubermos como está a quantidade do açúcar no sangue? No meu caso, dês de que dei início ao tratamento para o diabetes (dieta, exercícios) a falta do glicosímetro me rendeu várias visitas ao hospital, todas elas por hipoglicemia grave. Hoje me controlo muito mais, pois posso fazer o destro cinco vezes ao dia, antes ou após cada refeição, e isso também inclui as aplicações de insulina, que apesar de serem sempre aplicadas no mesmo horário, devem ser administradas com cautela, com a certeza de que me alimentei corretamente antes ou após a injeção. De início, duas fitinhas realmente não dão...

O problema é ainda maior em algumas regiões do país, que não possuem nem ao menos o estoque necessário de insulina, agulhas, glicosímetro e fitinhas para a população portadora de diabetes, que vem crescendo a cada dia.
Acredito sim que os avanços são expressivos, até mesmo aqui no Brasil, mas em comparação a países desenvolvidos, como o Estados Unidos, estamos mesmo a anos-luz de distância do ideal.

Diabetes é uma doença crônica e sem cura, que muitas vezes não pedimos pra ter, não fazemos nada que favoreça seu surgimento, mas ela vêm. Então porque não temos o direito, mesmo pagando por eles, de ter o tratamento adequado com os recursos que nos são nossos também, como o dinheiro público?

Moro em São Paulo, capital, e tive a sorte de conseguir tudo, absolutamente tudo que é necessário para o meu tratamento gratuitamente. Não deveria ser sorte, mas apenas um direito de todos nós brasileiros.

Sobre os direitos do diabético, vale apena conferir:
Sociedade Brasileira de Diabetes
ANAD
Fonte: http://diariodiabetes.blogspot.com.br

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