quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Farmacêuticos poderão prescrever remédios vendidos sem receita

Regra vai valer apenas para analgésicos e fitoterápicos.
Conselho Federal de Medicina disse vai recorrer da decisão.


Uma resolução do Conselho Federal de Farmácia permite que os farmacêuticos passem a prescrever alguns medicamentos vendidos sem receita médica, como analgésicos e fitoterápicos.
A resolução do conselho deve ser publicada nesta quarta-feira (25) e o Conselho federal de Medicina já avisou que vai recorrer da decisão.
Um comprimido, uma cartela e lá vai o cliente escolhendo. “Eu compro. Quando vê depois, passa depois três dias e não melhora, eu vou no médico”, conta a diarista Zelaide de Brito.
“Que eu saiba, Analgésico e antitérmico não precisa de receita. Escolhe e já está tudo ok”, diz a administradora Denise Neves.
Tem remédio que é assim: não precisa de receita. Mas para a maioria dos medicamentos, o papelzinho com o carimbo do médico é obrigatório.
A Simone Prado, que é farmacêutica, dá uma ajuda, mas não pode mandar o paciente tomar nada: “Nós farmacêuticos falamos que não podemos prescrever nenhum medicamento, então eles acabam tomando qualquer coisa para tomar, porque eles não querem ir ao médico porque dor de cabeça é algo muito leve para precisar de médico”.
O Conselho Federal de Farmácia pretende mudar isso e prepara uma resolução ampliando a função do profissional que trabalha nas farmácias.
O farmacêutico vai poder dar a receita para medicamentos que o brasileiro já compra sem precisar da prescrição médica. É o caso de analgésicos. Hoje, a pessoa que sente uma dor de cabeça pode ir até a farmácia e levar um desses comprimidos para casa sem precisar ter passado pelo médico. É nisso que o farmacêutico vai ajudar.
“Eu tenho problema na coluna e às vezes acordo com aquela dorzinha. Então, eu tomo um comprimidinho e não abuso. Mas tomo às vezes um comprimidinho e passo o dia inteiro em uma boa”, conta o aposentado Pedro Moreira.
“Como em toda farmácia tem que ter um farmacêutico, não custa nada a gente pedir a opinião dele e ele também receitar”, defende a programadora Márcia Karan.
Hoje, 25 dos 26 medicamentos mais vendidos no país não necessitam de receita médica. Na lista, cinco são remédios para dor.
“Mas nós estamos recomendando ao farmacêutico também que se o quadro é apresentar um estado de uma complicação que fuja à sua competência, à sua percepção, ele está devidamente orientado a encaminhar a um profissional este paciente ou profissional especializado”, explica Walter da Silva Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia.
O Conselho Federal de Medicina diz que vai questionar a medida, assim que ela for lançada.
“Se o farmacêutico também prescrever a medicação analgésica, deixa o paciente de ter a primeira chance de fazer qualquer diagnóstico de doença, porque uma simples dor de cabeça pode ser desde uma cefaleia comum ou um tumor cerebral”, diz o secretário do Conselho Federal de Medicina, Desiré Callegari.

O Conselho Federal de Farmácia disse que vai orientar os profissionais a encaminhar quem apresenta um quadro clínico mais grave para uma consulta médica. De acordo com oMinistério da Saúde, em cinco anos quase 60 mil internações foram provocadas por intoxicação com remédios. Muitas vezes as pessoas não sabem que o remédio pode causar alergia ou tomam a dose errada.

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